Saturday, September 22, 2007

O Tempo.




É a manifestação máxima de Deus. O tempo não passa, existe. Existe por entre nossas entranhas, unhas e fios de cabelo. Por entre as folhas verdes e os frutos podres das árvores. Por entre as farras e as desgraças dos gatos e das abelhas.
Não somos capazes de sentir o tempo. Os dias passam, as noites vêem. Mas são apenas efeitos da natureza. O tempo escorre nos sulcos de nossas olheiras. Cada coisa tem seu prazo de vencimento. Não é Deus quem comanda nossas vidas, mas sim o grande Senhor Tempo. Estamos todos ligados pelo Tempo. O tempo de nossas vidas, o tempo de estudo, o tempo para se assar um bolo, o tempo para deixar a roupa de molho, o tempo para ignorar um amor, o tempo de curso para se adquirir um diploma, o tempo para nos cadáveres surgirem odores, um tempo para cicatrizarem as dores.
O tempo comanda discretamente o universo. Ele que explode e implode o big-bang,
Que nós criamos. Nós criamos o tempo também, do mesmo modo que criamos Deus.
Em “Como me tornei estúpido”, livro tão apelativo e estúpido quanto o próprio titulo, dizem “a inteligência é um erro na evolução”. “Não devíamos estar usando computadores, mas sim caçando javaris.” “Entretanto, em algum lugar do tempo e do espaço, o homem começou a pensar.”

O tempo e o espaço criou o homem que os criou.

Os animais não tem consciência de seu tempo de vida. E quando sabem que a morte começa a lhes bater na porta, honrosamente, se recolhem á um canto e morrem em paz.
O ser humano algum dia descobriu o tempo e o chamou de Deus. (Seja o que Deus quiser, Seja o que o tempo quiser).
O tempo, sim, comanda nossas vidas e mortes.
O tempo, sim, é imortal.
Cedo ou Tarde (é o tempo quem dirá) os governos sumirão, as geleiras derreterão, o homem se extinguirá, e após milhares de ano de conhecimentos e descobertas insignificantes, apenas o tempo sobreviverá, para lembrar-se de esquecer de nós.

Friday, September 21, 2007

Mas eu não entendo.


Parou.
No que parou o mundo desabou.
Os olhos ao seu redor a perseguiam.
As pessoas e suas auras vazias a seguiam.
Os corpos caiam por seu caminho.
E as árvores flutuavam por entre os porcos e seus espinhos.
Cada passo seu tremia alguém á sua frente.
Cada passo seu afogava as lágrimas de alguém á seu verso.
Viravam-se ao inverso.
Corações, pulmões, pâncreas, intestinos delgados, soltos, presos.
Luzes cintilantes,
Dentes cabeludos.
Tudo!
De que me valem pensamentos que se evaporam em meu cérebro?
Elevaram-na até os telhados da catedral, prenderam-na ao sino mofado.
E as baladas daquele 12h00min soaram diferentes.
Ecoaram nas cabeças de toda aquela gente.
E todos os pensamentos do mundo
Evaporaram-se.
Tais quais
Os animais.