Tuesday, September 30, 2008

Sobre as pessoas e o vestibular.


Eu sou um gênio.
Um gênio perdido entre contas aritméticas e calças Colcci.
Ainda que uns me joguem de 7º andar de prédios assim que lhes dou as costas, a grande maioria me ama e mendigam um sorriso de desprezo da minha parte.
E eu, como “portadora de todo o conhecimento do mundo”, odeio cada um deles. Para mim, não passam de porcos anencefálos, cuja única finalidade é consumir Coca-Cola e ir para a balada sábado á noite. Digo isso faz 3 anos e ainda não pude mudar meu próprio meio. Ridículo, não?
Ainda que, meu desejo mais sincero (além de passar no vestibular), seja construir uma nova sociedade, ajudar os oprimidos e dar vozes aos calados. (dou esmolas aos mendigos, quero participar de ONGs e doarei sangue assim que completar 18 anos) mas o...
Vestibular.
Por mais que me digam para relaxar e não colocar todas as minhas grandes expectativas em uma simples prova, é nessa simples prova recheada de números e contas, que está o ápice de toda a minha frenética corrida por conhecimento.
Para quê?
Para mamãe. Para titia. Para a vovó (se bem que essa passe tanto tempo se perguntando por que meu primo usa drogas que não desperdiçaria um segundo pensando na minha honrosa colocação no vestibular) e para o demônio. (rs)
Sejamos honestos: o demônio influencia muito na minha vida, a imagem que eu tenho dele é da sociedade: um governo de poucos para muitos. Se eu, estudando em escola publica a vida inteira, lendo Nietzsche aos 13 anos, Sartre aos 14, Henry Miller aos 15, Dostoievski aos 16 e Albet Camus aos 17 não for capaz de passar em uma simples prova, não serei capaz de mais nada.

Saturday, September 20, 2008

Desprezo.

Ignoro
a cidade
com
a veracidade
De que
nada me valha
A inconsciente
dor diária,
Proveniente
da batalha
ligeira,
Da talha
certeira,
Por
um colher
de migalha.