Saturday, August 11, 2007

Esgoto



Das arvores coleciono galhos,
Das flores apenas flores,
Pedaçinhos de papel com escritos falhos,
Plástico de bala em diversas cores.

Escorro por entre a vida humana,
Bolhas de sujeira borbulham de mim,
E em minha existência mundana
São escarrados excrementos sem fim.

Corro livre e sem medo,
Não há nada que me pare.
E se algum reclama que fedo
Surgirá outro que exclama: “Pois nem me fale.”

Estúpidos!Eles não percebem
Que sou o esgoto criado
Por suas ambições que não se medem.
Sou a veia que leva os ecos miados
De sua perfeição mal-feita,
sou seu esgoto-desgosto mal-amado.
Sou a veia que pulsa perfeita.

2 comments:

Zuia said...

avec vous:

!

Paco Bernardo said...

A pérola da júlia
e a júlia sentada na pérola
são uma coisa só que forma o brilhante.





Noooooooossa
que coisa tosca a minha =/